As peças do tabuleiro

Por: Clecio Emanuel

            O desfile de craques da Copa de 2014 se inicia nesta quinta-feira e o sucesso dentro das quatro linhas depende do talento e do desempenho dos maiores jogadores da atualidade que aqui estarão defendendo suas respectivas nações.  Aqui vai um apanhado dos jogadores que merecem especial atenção e que podem garantir o espetáculo nesta Copa:

A Alemanha sempre assusta e sempre produziu grandes seleções, desta vez não é diferente, e seu poderio ofensivo pode fazer a diferença nesta Copa, então é bom ficar de olho em:

Miroslav Klose, Lukas Podolski, Bastian Schweinsteiger, Mesut Özil, Mario Götze e Thomas Müller.

A atual campeã Espanha chega forte mais uma vez, após ter dois de seus clubes na final da Champions League e pode fazer bonito conforme o desempenho de:

David Silva, Xabi Alonso, Fernando Torres, Diego Costa, Xavi Hernández, Andrés Iniesta, Cesc Fàbregas e David Villa.

A Argentina, ansiosa por acabar com a festa brasileira, aguarda por um desempenho a altura de um ataque com nomes de peso como:

 Lionel Messi, Gonzalo Higuaín, Ángel Di María, Sergio “Kun” Agüero, Ezequiel Lavezzi e Rodrigo Palacio.

Algoz do Brasil na última Copa, a Holanda aposta em remanescentes do vice-campeonato de 2010 e, na minha humilde opinião, não chegará longe nas mãos de Louis van Gaal:

Robin van Persie, Arjen Robben, Wesley Sneijder e Klaas-Jan Huntelaar são os destaques.

O Chile, que possui o melhor elenco em termos de qualidade de sua história, pode seguramente surpreender nesta Copa, “roubando a vaga” de Holanda ou Espanha; seus destaques são:

Alexis Sánchez, Eduardo Vargas, Jorge Valdívia, Arturo Vidal, Marcelo Díaz, Charles Aránguiz e Mauricio Isla.

A Itália nunca empolga de início, mas sempre embala quando a final se aproxima, sua defesa sempre chama a atenção, mas seu ataque merece respeito:

Mario Balotelli e Ciro Immobile darão trabalho às defesas, além de Andrea Pirlo, Antonio Cassano e a muralha chamada Gianluigi Buffon.

A França vem muito bem articulada e totalmente renovada por Didier Deschamps, que substitui o fraco Raymond Domenech, principal responsável pelo fracasso francês em 2010, caindo na primeira fase. Bom ficar de olho em:

Paul Pogba, Karim Benzema, Olivier Giroud e Mathieu Valbuena.

Uruguai: Sensação em 2010, o Uruguai chega com um elenco semelhante ao da Copa anterior e ainda pode surpreender, apesar da idade de alguns atletas. Atenção para:

Diego Forlán, “Luisito” Suárez (ainda dúvida), Edinson Cavani e Nicolás Lodeiro.

A Colômbia jogará órfã de seu principal craque (Falcao García), mas ainda possui destaques que podem fazer a diferença, casos de:

Fredy Guarín, James Rodríguez, Juan Guillermo Cuadrado e Jackson Martínez.

A Inglaterra é sempre perigosa e aposta nos talentos de sempre, mais o acréscimo de jovens muito promissores, além de jovens que já são realidade como:

James Milner, Jack Wilshere, Raheem Sterling, Danny Welbeck, Daniel Sturridge; Steven Gerrard, Frank Lampard e Wayne Rooney.

Portugal é, mais do que nunca, CR7 “e mais 10”. Os destaques para esta copa são:

Vieirinha, Nani, Hugo Almeida, João Moutinho, Raul Meireles e Cristiano Ronaldo.

A Bélgica é minha aposta para “surpresa” desta Copa, pois possui um elenco jovem e qualificado com aquele que julgo o principal candidato a grande revelação da Copa de 2014: Eden Hazard; acompanhado de outros destaques como: Marouane Fellaini, Romelu Lukaku, Axel Witsel, Thibaut Courtois e Vincent Kompany.

A Bósnia, que também deve surpreender, aposta todas as suas fichas em:

Edin Dzeko, Zvjezdan Misimovic e Vedad Ibisevic.

E o sucesso da Croácia ficará a cargo de Luka Modric, Mario Mandzukic e Ivan Rakitic.

Seleções mais inexpressivas também possuem destaques que têm tudo para encantar os olhos dos torcedores com gols e grandes lances:

Samuel Eto’o (Camarões); Didier Drogba (Costa do Marfim); Victor Moses e John Obi Mikel (Nigéria); Alexander Kerzhakov (Rússia); Clint Dempsey (EUA); Kevin-Prince Boateng, Michael Essien e Asamoah Gyan (Gana); Shaqiri e Valon Behrami (Suíça); Antonio Valencia, Felipe Caicedo e Walter Ayoví (Equador); Keisuke Honda e Shinji Kagawa (Japão), além de Chicharito Hernández e Giovani dos Santos (México) e Tim Cahill (Austrália).

Ausências:

A Copa do Mundo não poderá contar com muitos dos principais jogadores da atualidade; alguns por problemas de relacionamento, outros por carregarem suas seleções nas costas sozinhos e, lamentavelmente, a maioria não jogará por lesão:

A maior ausência desta Copa, para mim, atende pelo nome de Zlatan Ibrahimovic; um dos melhores jogadores que o futebol produziu nos últimos tempos, que não teremos o prazer de vê-lo desfilar o seu talento em território nacional. Carlitos Tévez, desafeto do técnico Alejandro Sabella, também não defenderá a Argentina no Brasil. Caso semelhante ao de Samir Nasri, pela França. Gareth Bale possivelmente jamais disputará uma Copa com o seu País de Gales e Robert Lewandowski também não comparecerá com sua Polônia. Além disso, lesões tiraram da Copa as estrelas Franck Ribéry (França), Marco Reus (Alemanha) e o grande artilheiro Falcao García (Colômbia).

Já o anfitrião Brasil não esconde de ninguém que suas esperanças estão nos pés de Neymar Jr que, agora sim, terá seu teste de fogo para demonstrar se merece a mística camisa 10 da seleção ou não. Fred, Oscar, Hulk, uma sólida defesa com Thiago Silva e David Luiz (a mais cara zaga do mundo)e a estrela de Felipão também surgem como trunfos, afora o fato de atuar em casa.

Vai ter Copa e o desfile de craques vai começar. Desta feita, nos resta torcer por quem desejamos ver campeão e, mais especificamente, torcer para que tragédias não aconteçam nas ruas e que a sujeira articulada e abafada fora das quatro linhas não as penetre, viciando assim os resultados da Copa como um todo e influindo ainda mais na vida de quem não tem nada a ver com isso. Vamos torcer para que este período, já que não podemos reverter algumas situações, não se converta num espetáculo de horrores e sim, num período de paz e de bom futebol, nada mais que isso. Vamos tentar esquecer da CBF e companhia e pensar só na Seleção Brasileira, pois esta, se desvinculada de alguns órgãos, ainda merece nossa admiração, apenas ela. Sendo assim, caso precise, boa sorte Seleção Brasileira! E que tudo acabe bem.