Ipu: terra de Iracema ou da barbárie? Indicativo de regresso ao estado natural?

Por Rárisson Ramon

 

Ipu passou por momentos de grandes movimentações sociais, violência e assassinato qualificado na última semana de maio. De início tivemos a luta entre os trabalhadores resguardados pela força sindical e do outro a figura do gestor Sérgio Rufino que defende o Estado. É evidente que cada parte irá procurar defender os seus interesses, contudo, repudia-se as ações que divergem do caráter da licitude.

Aqui, amigos leitores, o que procuramos mostrar é a importância do diálogo como meio fomentador na resolução de conflitos. Não adianta usar a força bruta ou o desacato a figura do gestor municipal para coagir as partes a realizar algo. Em nossa opinião, houve exagero de ambas as partes. Desta forma ficará difícil chegar a uma resolução que possa beneficiar as partes litigantes. Encaminhem-se as propostas, analisem as contrapropostas e se não chegar a um acordo, busque-se a justiça. Não há razão para se regressar ao estado natural. Esses atos que ocorreram em Ipu devem ser repudiados. Quando se há respeito as resoluções de conflitos se tornam mais fáceis de serem acatadas.

Não é de hoje que Ipu passa por um momento escuro ao qual ipuenses sentem um medo terrível devido a violência que se instalou em nossa cidade. Final de semana calmo é algo raro em Ipu. Nas segundas ouvimos os noticiários (plantão policial) recheados de práticas delituosas entre elas cita-se: furtos, assaltos qualificado pelo uso de arma de fogo, homicídio, agressões que geram lesão corporal, dentre outras. Ipu não possui um aparato policial ou uma estrutura de segurança que possa atender ao seu povo. É preciso solicitar ajuda governamental o quanto antes, pois na forma como está Ipu irá mais uma vez parar nas páginas policiais dos jornais cearenses.

Mais um homicídio qualificado vem a somar nos índices de violência do Estado do Ceará. A forma como esse fatídico caso aconteceu gera pavor nos ipuenses. Mais temor ainda é a frieza com que os algozes praticaram o delito. Dificilmente tal crime será elucidado pela polícia civil, pois estes também não dispõem de meios necessários ao desenvolvimento de um trabalho eficiente. Há uma precariedade enorme na polícia civil, fruto do descompromisso político.

De fato Ipu tem se tornado um local em que o regresso ao estado natural vem se avivando. A população parece fazer uso da autotutela como meio mais rápido de resolver as suas demandas de interesse. Isso fere a segurança jurídica constitucional. Aonde queremos chegar com isso? Será o início de uma “nova era”? Reflitam amigos leitores e busquem a solução em seu âmago!

 

Foto: via whatsapp